
Aumento da Selic gera críticas do setor industrial e da CUT
Empresários falam em impacto na produção, enquanto centrais sindicais demonstram frustração com o Banco Central
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, levando-a a 13,25% ao ano, gerou reações negativas do setor produtivo e das centrais sindicais.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a medida como “injustificada”, argumentando que o aumento dos juros pode frear investimentos e dificultar a recuperação econômica. Já a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) alertou que a decisão pode desacelerar a produção, prejudicando o crescimento do setor.
Por outro lado, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) demonstrou frustração com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assumiu o cargo recentemente. A entidade esperava uma postura mais favorável ao estímulo da economia e ao mercado de trabalho.
Essa foi a primeira decisão do Copom sob o comando de Galípolo, e a reação negativa de setores estratégicos indica que a política monetária seguirá sendo um tema de intenso debate nos próximos meses.