Bahia lidera ranking de mortes violentas no Brasil pelo 4º ano consecutivo
Em 2022, pelo quarto ano consecutivo, a Bahia registrou o maior número de mortes violentas no Brasil, de acordo com o Monitor da Violência, um índice nacional de homicídios. Foram contabilizadas 5.124 mortes violentas no estado, incluindo feminicídios, homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Isso equivale a uma média de 427 assassinatos por mês, representando 12,5% de todos os casos no país.
Em relação a 2021, houve um aumento de 0,5% no número de mortes violentas na Bahia. Ao considerar a população do estado, que totaliza 14.985.284 habitantes, a taxa de mortes violentas é de 34,4 por cada grupo de 100 mil habitantes, o que significa que a cada 2.923 pessoas, uma foi vítima de homicídio.
Além disso, a Bahia também enfrenta um problema grave de feminicídios. Em 2022, foram registrados 13 casos, sendo agosto, outubro e dezembro os meses com o maior número de ocorrências. A maioria das vítimas são mulheres jovens, e alguns dos crimes foram cometidos por agentes da Segurança Pública.
Os homicídios dolosos, que geralmente têm como motivação o envolvimento com o tráfico de drogas, também afetam principalmente jovens adultos negros. Alguns casos envolvem situações de diversão que terminaram em tragédia.
Além disso, houve 84 casos de latrocínios em 2022, onde as vítimas foram assassinadas durante roubos. Um desses crimes chocou a Bahia, envolvendo a adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, em Salvador, no mês de agosto.
Outros estados também enfrentam desafios significativos em relação à violência, com Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro registrando altos números de mortes violentas no último ano. Por outro lado, Roraima, Acre e Amapá tiveram menor incidência desses registros. O Monitor da Violência é uma iniciativa do G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.