
Banco Central Eleva Juros para 14,25%, Maior Nível Desde o Governo Dilma, e Antecipação de Aumento Menor na Próxima Reunião
Economia Aquecida e Inflação em Foco Levam BC a Aumentar a Selic, Impactando o Crédito
Em uma decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (19) o aumento da taxa básica de juros (Selic) de 13,25% para 14,25%. Este é o maior nível desde a crise de 2015-2016, durante o governo Dilma Rousseff, quando a Selic também alcançou esse patamar. O aumento preocupa, pois ele impacta diretamente o custo do crédito, tornando empréstimos e financiamentos mais caros.
A medida reflete a preocupação do Banco Central com o cenário inflacionário, em um momento em que a economia segue aquecida, com um crescimento de 3,4% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. O Copom também indicou que, embora a próxima reunião de maio (6 e 7) possa resultar em outro aumento, a elevação deve ser de menor magnitude.
O BC explicou que, devido à persistência da inflação, com fatores como o mercado de trabalho aquecido e gastos públicos elevados, a decisão de manter a Selic alta é necessária para tentar conter a alta nos preços. Além disso, o cenário internacional também contribui para a pressão sobre o dólar e, consequentemente, sobre a inflação interna.
Em uma resposta à decisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou o impacto da alta, afirmando que o aumento já havia sido antecipado ao final de 2024, destacando a previsibilidade do ajuste. Ele também enfatizou que aguardará a ata da reunião do BC para comentar mais detalhadamente a decisão.
Vale destacar que essa é a segunda reunião do Copom presidida por Gabriel Galípolo, novo chefe do Banco Central, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, é a segunda vez que diretores indicados pelo atual governo predominam na composição do Copom, refletindo o impacto da autonomia operacional conquistada pela instituição desde 2021.
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