Banco Central Entrega a Fatura da Gastança do Governo Lula: E Isso É Só o Começo
A fatura dos gastos do governo Lula chegou com um estrondo. Na terça-feira (17/9), o Banco Central anunciou um aumento de 0,25 ponto na taxa Selic, a taxa básica de juros. E não é só isso: o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deixou claro que essa é apenas a primeira parcela. Ou seja, preparem-se, porque mais aumentos estão a caminho.
O Comitê de Política Monetária (Copom) fez uma lista dos motivos para o aumento dos juros. Resumindo a explicação: a economia e o mercado de trabalho estão mais quentes do que o previsto; a inflação está acima da meta de 3%, chegando perto da margem de 4,5%; e as expectativas futuras para os índices de preços estão desancoradas, fora da linha. Diante desse cenário, o BC decidiu subir o preço do dinheiro para esfriar a economia e tentar conter a inflação.
Mas o que isso tem a ver com o governo Lula? Tudo. A piora das expectativas econômicas é um reflexo direto do desarranjo nas contas públicas, resultado da política econômica do governo. Com um aumento desenfreado das despesas e um aumento da carga tributária, o governo tem contribuído para uma série de problemas: o dólar disparou mais aqui do que no resto do mundo, e a confiança dos agentes econômicos – que inclui desde famílias e empresas até investidores e bancos – está em frangalhos.
Como se não bastasse, o governo tenta remendar a situação com novas aumentos de impostos e até se apropriando de “dinheiro esquecido” para cobrir o rombo. E quando surge um imprevisto, a solução é gastar ainda mais. É a receita clássica para o desastre, e o presidente parece indiferente ao aumento acelerado da dívida pública, como se isso fosse um problema menor.
O aumento da Selic é uma resposta inevitável ao crescimento econômico acima do esperado – e mais do que o potencial do país. O Copom apontou que a economia está operando acima da sua capacidade, forçando os preços para cima. Medidas como o aumento do salário mínimo e a ampliação de benefícios, embora populares, têm alimentado o consumo sem o correspondente aumento na produção e investimento produtivo. Resultado? A inflação disparou e o aumento da renda está sendo corroído pelos preços em alta.
E enquanto o PT ataca o Banco Central, chamando-o de sabotador e “bolsonarista”, o fato é que os oito membros do Copom – incluindo os indicados por Lula – concordaram com a decisão. E o mesmo “bolsonarista” estava à frente do BC quando a taxa de juros foi elevada em 2022.
O PT e os desenvolvimentistas parecem esquecer que o descontrole da inflação prejudica justamente os trabalhadores que alegam defender. A experiência recente mostrou que altos índices de inflação resultaram em reajustes salariais que ficaram atrás do aumento dos preços, mesmo com o PIB crescendo.
A verdade é que a gastança desenfreada e a má administração das finanças públicas têm um preço alto, e agora a conta está sendo paga com juros. E isso é apenas o começo.