Barbeiro de 20 anos é condenado a 11 anos de prisão por participar do 8 de Janeiro
O barbeiro piauiense João Oliveira Antunes Neto, de 20 anos, foi condenado a 11 anos e seis meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos eventos golpistas de 8 de Janeiro. Além de atuar como barbeiro, Antunes Neto se identifica como um “jovem cristão pregador do evangelho de Jesus Cristo”. A condenação abrange três crimes relacionados aos eventos de 8 de Janeiro: abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e associação criminosa armada.
Natural de Dirceu Arcoverde, município com pouco mais de sete mil habitantes no sudeste do Piauí, João Oliveira Antunes Neto está em liberdade provisória desde 15 de novembro, quando foi solto pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, com a obrigação de seguir medidas cautelares.
Nas redes sociais, o condenado se apresentava como um “barbeiro profissional” e um “jovem cristão pregador do evangelho de Jesus Cristo”, sem expressar opiniões políticas. O advogado de Antunes Neto, Fábio Diniz Rocha Alves, afirmou que recorrerá da decisão, alegando que o barbeiro estava “apenas com objetivos de se manifestar pacificamente” e solicitou acordos de não persecução penal para outros envolvidos que não participaram de atos de vandalismo.
Além de Antunes Neto, o STF condenou outros 14 réus, variando as penas entre 11 anos e seis meses e 16 anos e seis meses de prisão. Dentre os crimes, destacam-se a abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e associação criminosa armada.