Barroso rebate revista britânica e defende papel firme do STF na democracia brasileira

Barroso rebate revista britânica e defende papel firme do STF na democracia brasileira

Ministro responde críticas da The Economist, nega crise institucional e afirma que atuação do Supremo evitou o colapso das instituições

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, respondeu publicamente à revista britânica The Economist, que em um artigo recente criticou a atuação da Corte brasileira, com foco especial no ministro Alexandre de Moraes. Em uma nota oficial divulgada no site do STF, Barroso saiu em defesa do trabalho da instituição e reforçou que, diante das ameaças recentes à democracia, foi justamente a postura firme e independente do Supremo que evitou que o Brasil seguisse o caminho de colapso institucional visto em países da América Latina e do Leste Europeu.

Barroso rejeitou a ideia de que exista uma crise de confiança no STF e esclareceu que as decisões individuais, muitas vezes apontadas como autoritárias, foram todas posteriormente confirmadas pelo colegiado da Corte. Como exemplo, ele citou a suspensão temporária da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, ocorrida no ano passado. Segundo o ministro, a medida não foi motivada por conteúdos postados, mas pelo fato de a empresa ter abandonado sua representação legal no país.

“Assim que a empresa regularizou sua representação, o serviço foi restabelecido. Todas as ordens de remoção de conteúdo foram fundamentadas e se referiam a crimes ou tentativas de golpe”, afirmou Barroso.

Outro ponto abordado foi a acusação, veiculada pela revista, de que o STF teria “derrotado Bolsonaro” nas eleições de 2022. Barroso foi enfático:

“Quem derrotou o ex-presidente foram os eleitores, não a Corte.”

A nota também esclarece que, no caso das denúncias da Procuradoria-Geral da República relacionadas à tentativa de golpe de 2022, os processos seguem a tramitação padrão no STF, sendo julgados nas Turmas e não diretamente no plenário. Barroso ainda rebateu a tese de que Alexandre de Moraes atua de maneira isolada:

“O ministro cumpre sua função com coragem e dedicação, com apoio do tribunal. Não é uma ação pessoal.”

Por fim, o presidente do STF acusou a The Economist de adotar a narrativa de quem tentou sabotar a democracia, ignorando o fato de que o Brasil, apesar das tensões, segue firme como uma democracia com Estado de direito, freios e contrapesos e respeito às liberdades fundamentais.

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