Barroso rejeita prisão de ex-diretor da Gaviões da Fiel ligado ao PCC
Presidente do STF, Barroso barrou pedido do Ministério Público de São Paulo por razões processuais e não analisou o mérito do caso
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou o pedido do Ministério Público de São Paulo para restabelecer a prisão de Elvis Riola de Andrade, conhecido como Cantor, ex-diretor da Gaviões da Fiel acusado de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O MP paulista buscava suspender a liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que revogou a prisão preventiva de Cantor, decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido do MPSP.
Barroso rejeitou a ação por razões processuais, sem analisar o mérito do pedido da Promotoria de São Paulo. Ao negar seguimento à solicitação, o ministro considerou que o STF não teria competência para analisar a suspensão de uma decisão liminar do STJ.
A prisão de Cantor, que havia sido determinada pela Justiça paulista em agosto de 2023, foi revogada pelo STJ em dezembro. Ele foi preso na Bolívia em janeiro por uso de documentos falsos e deportado ao Brasil. O MP paulista argumentava que sua mudança para o país vizinho indicava o risco de permanecer em liberdade, já que ele havia informado à Justiça que continuaria morando em São Paulo após ser solto.