Barroso sugere julgamento de Bolsonaro antes das eleições, mas reforça compromisso com “devido processo legal”

Barroso sugere julgamento de Bolsonaro antes das eleições, mas reforça compromisso com “devido processo legal”

Presidente do STF comenta sobre ação penal contra o ex-presidente e destaca a importância da tramitação justa

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, se manifestou sobre o julgamento da ação que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe de Estado. Em uma declaração feita nesta sexta-feira (28/3), Barroso sugeriu que seria ideal que o julgamento ocorresse ainda em 2025, antes das eleições. No entanto, ele enfatizou que o mais importante é garantir que o processo siga rigorosamente o devido processo legal, independentemente de calendários eleitorais.

Barroso destacou que a ação contra Bolsonaro, que é acusado de cinco crimes, incluindo tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, seguirá tramitando conforme as normas estabelecidas, sem pressa para antecipar o julgamento. O ex-presidente, que nega as acusações, passará por um processo legal que inclui a produção de provas e a oitiva de testemunhas. Além de Bolsonaro, outros aliados, como ex-ministros e militares, também se tornaram réus no caso.

Durante sua aula inaugural na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), Barroso explicou que, pela rotina do STF, o processo deveria continuar na Primeira Turma, como é de praxe, e não ser transferido para o Plenário. Ele observou que ainda é difícil prever quando o julgamento acontecerá, pois o processo está em fase inicial e depende de vários fatores, como o número de testemunhas e possíveis pedidos de provas periciais. Contudo, o presidente do STF expressou a expectativa de que o julgamento aconteça ainda este ano, para evitar que se arraste para o período eleitoral.

Em relação às críticas de Bolsonaro às acusações contra ele, Barroso afirmou que o ex-presidente tem o direito de se defender, mas que até o momento o processo tem sido conduzido de acordo com o que prevê a lei.

Agora, com a formalização da acusação, Bolsonaro e seus aliados terão que apresentar sua defesa e poderão indicar testemunhas a seu favor. O ex-presidente será intimado e terá a oportunidade de se manifestar oficialmente no processo. A ação penal será pública e sem sigilo, garantindo ampla transparência e respeito ao direito de defesa.

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