Bate-Cabelo no MPF: Dança em Evento Oficial Gera Críticas e Polêmica no Pará

Ação provoca debates sobre o uso de recursos públicos e transfobia no Brasil

Um evento do Ministério Público Federal (MPF) no Pará, que deveria destacar a inclusão e a empregabilidade de pessoas trans e travestis, virou alvo de polêmica após uma performance de “bate-cabelo” viralizar nas redes sociais. O seminário, realizado na última sexta-feira (22), tinha como objetivo discutir as dificuldades enfrentadas por essa população no mercado de trabalho, mas a dança tomou o protagonismo e gerou uma onda de críticas.

No vídeo que circula online, uma pessoa trans realiza a performance, popular em festas e eventos LGBTQIA+, no auditório da Procuradoria da República. O ato foi amplamente criticado, tanto por internautas quanto por políticos, que questionaram a seriedade do evento e o uso de recursos públicos.

– Propaganda woke com dinheiro do contribuinte. Precisamos de mais seriedade – disse um internauta.
– Uma geração perdida, com valores deturpados. Que tristeza! – comentou outro.

MPF reage e denuncia transfobia

Diante das críticas, o MPF emitiu nota defendendo a artista e classificando as manifestações contrárias como transfobia. O órgão reforçou seu compromisso com a inclusão e a igualdade e afirmou que tomará medidas legais contra os ataques:

– Não há espaço para discurso de ódio em nossa sociedade. A luta contra a transfobia é também uma luta por uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todas as pessoas possam exercer livremente suas expressões artísticas e culturais – declarou.

Apesar da defesa do MPF, a controvérsia reacendeu debates sobre o uso de espaços institucionais para performances artísticas e o equilíbrio entre a luta por direitos e a percepção pública sobre eventos oficiais. A dança, que deveria ser apenas uma introdução ao seminário, acabou ofuscando as discussões sobre empregabilidade, levantando a questão: até que ponto o impacto de ações performáticas colabora ou prejudica as causas que pretende defender?