Bolívia rompe relações diplomáticas com Israel

Bolívia rompe relações diplomáticas com Israel

A Bolívia decidiu interromper as relações diplomáticas com Israel em protesto contra a intensa ofensiva militar que o país está realizando na Faixa de Gaza, considerada desproporcional e prejudicial à paz e segurança internacionais. Da mesma forma, Chile, Colômbia e Jordânia, que faz fronteira com Israel e Palestina, optaram por chamar de volta seus embaixadores em Tel Aviv para reavaliar os laços com o país do Oriente Médio.

O governo boliviano anunciou o rompimento das relações em uma coletiva de imprensa na terça-feira (31). A Ministra boliviana, María Nela Prada, declarou: “A Bolívia exige o fim dos ataques na Faixa de Gaza, que até agora causaram milhares de mortes de civis e o deslocamento forçado de palestinos; bem como a cessação do bloqueio que impede a entrada de alimentos, água e outros elementos essenciais à vida, violando o direito internacional e o direito internacional humanitário no tratamento da população civil em conflitos armados”.

Além disso, a chanceler boliviana condenou a maneira hostil como Israel estaria tratando os responsáveis internacionais pela ajuda humanitária em Gaza. Ela mencionou que funcionários das Nações Unidas foram impedidos de obter vistos para realizar o trabalho que a comunidade internacional lhes delegou, o que constitui uma grave violação dos direitos humanos e gera uma crise sanitária.

Por sua vez, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que a recusa de vistos a funcionários da organização foi uma resposta a declarações do secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre Israel e os palestinos.

Em resposta, Israel condenou a decisão do governo boliviano, alegando que representa uma capitulação ao terrorismo e ao regime do Aiatolá no Irã, e que ao tomar esse passo, o governo boliviano se alinha com a organização terrorista Hamas.

Além disso, a Jordânia anunciou que convocará seu representante em Israel em protesto contra a violenta guerra israelense contra Gaza, que está resultando em uma catástrofe humanitária sem precedentes.

O Chile também convocou seu representante diplomático em Israel para reavaliar as relações, e o Ministério das Relações Exteriores chileno condenou as operações militares de Israel, afirmando que não respeitam as normas fundamentais do direito internacional.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, decidiu convocar a embaixadora do país em Tel Aviv, alegando que se Israel não interromper o massacre do povo palestino, a Colômbia não pode manter sua presença lá. O governo colombiano também reiterou a urgência de um cessar-fogo e a obrigação das forças de segurança de Israel de respeitar o direito humanitário internacional.

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