
“Bolsonaro Apela ao STF por Anistia e Paz no País: ‘Alguém Tem que Ceder'”
Ex-presidente pede perdão aos investigados pelos atos de 8 de janeiro e sugere que Moraes ceda para pacificar a nação.
Jair Bolsonaro voltou a fazer um apelo aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo a concessão de uma anistia para “pacificar o Brasil”. Em entrevista ao programa “Oeste sem Filtro”, da revista Oeste, o ex-presidente insistiu que essa medida seria a chave para resolver as tensões políticas, especialmente após os atos de 8 de janeiro de 2023, e negou qualquer envolvimento na tentativa de golpe que está sendo investigada.
“Alguém precisa ceder”
Em suas declarações, Bolsonaro argumentou que, para que a nação encontre a paz, “alguém tem que ceder”. E ele apontou o ministro Alexandre de Moraes como a peça-chave para essa pacificação. Lembrando a anistia de 1979, que beneficiou até pessoas envolvidas em atos violentos, ele sugeriu que uma ação semelhante poderia “zerar o jogo” e permitir que o país seguisse em frente. Bolsonaro também mencionou que uma palavra de apoio à anistia, seja de Moraes ou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seria suficiente para resolver a situação.
Indiciamento e críticas à PF
O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito sobre uma possível articulação golpista e alegou que o relatório policial era uma “peça de ficção”. Para ele, a investigação está direcionada para sua pessoa, enquanto outros envolvidos no suposto plano, como o general Braga Netto e o ex-ministro Augusto Heleno, não foram suficientemente investigados. Bolsonaro também defendeu a anistia como uma medida para restaurar o equilíbrio entre os Poderes, uma ideia reforçada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, que afirmou ser a única saída para “normalizar” a situação política do país.
Discussões sobre o Estado de Sítio
Além disso, Bolsonaro falou sobre discussões com comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de decretar um Estado de Sítio, uma medida que, segundo ele, só foi cogitada porque ele não conseguiu interagir com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre questões relacionadas à segurança das urnas eletrônicas.
A fala de Bolsonaro gerou reações intensas no cenário político, com muitos considerando que suas propostas podem aumentar ainda mais as divisões no país, enquanto ele continua a negar qualquer envolvimento em ações golpistas.