Bolsonaro apenas imprimiu cópia da minuta citada em investigação, diz defesa
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a apreensão de uma minuta de decreto de estado de sítio durante a operação Tempus Veritatis, afirmou que se tratava apenas de uma cópia do documento mencionado em uma investigação anterior. Segundo a defesa, essa minuta foi encontrada no celular do ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid, que havia sido preso em maio. Bolsonaro teria solicitado uma cópia desse documento, recebendo-a de seu advogado em outubro do ano passado.
A defesa explicou que Bolsonaro imprimiu a minuta “a fim de facilitar a leitura do texto”. Esse documento, que defendem não ser a mesma apresentada por Filipe Martins, pedia a decretação de um estado de sítio e foi encontrado durante a operação Tempus Veritatis, que investiga um suposto planejamento de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O comunicado da defesa destaca que Bolsonaro desconhecia o conteúdo da minuta até outubro do ano passado, quando recebeu uma cópia por meio de seu advogado. Eles ressaltam que Bolsonaro não tinha intenções alinhadas a movimentos golpistas e que a minuta já integrava a investigação, sendo conhecida pelo ex-presidente somente por meio de seu advogado.
A operação Tempus Veritatis levou à prisão de várias figuras ligadas a Bolsonaro, incluindo Filipe Martins e Valdemar Costa Neto, este último detido por posse ilegal de arma. A minuta encontrada na sede do Partido Liberal faz parte das evidências que a Polícia Federal relaciona ao planejamento de um golpe de Estado.
