Bolsonaro continuará apoiando projeto de anistia enquanto se recupera na UTI, diz líder do PL

Bolsonaro continuará apoiando projeto de anistia enquanto se recupera na UTI, diz líder do PL

Mesmo internado, o ex-presidente mantém articulações políticas e planeja influenciar aprovação de lei sobre anistia aos golpistas de 8 de janeiro.

Apesar de estar internado na UTI após uma cirurgia de 12 horas, o ex-presidente Jair Bolsonaro não vai interromper sua atuação política. De acordo com o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, Bolsonaro segue ativamente envolvido na elaboração do projeto de anistia para aqueles investigados e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. O parlamentar confirmou que o ex-presidente continua a se comunicar com seus aliados, usando mensagens de WhatsApp para dar diretrizes e aprovar a nova versão do texto.

A proposta de anistia está sendo ajustada por técnicos a pedido de Bolsonaro, que tem orientado uma versão “mais enxuta” do projeto, com o objetivo de amenizar as resistências na Câmara e facilitar sua tramitação. A expectativa é que a versão reformulada seja apresentada na próxima semana.

Aliados de Bolsonaro destacam que a simplificação do projeto busca evitar a percepção de que ele pode beneficiar diretamente o ex-presidente, que ainda enfrenta acusações no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas aos eventos de janeiro de 2023. A avaliação é que, mesmo que Bolsonaro não seja diretamente beneficiado, a aprovação da anistia poderia enfraquecer as acusações contra ele.

O PL protocolou um requerimento de urgência para que a proposta seja votada diretamente no plenário, com o apoio de 262 assinaturas. No entanto, a decisão final sobre a inclusão da matéria na pauta cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta, que tem se mostrado cauteloso e afirmou que a decisão será discutida com os líderes partidários.

Bolsonaro, que se encontra no Hospital DF Star em Brasília, continua se recuperando após a cirurgia para tratar uma obstrução intestinal. Seu estado de saúde é estável, mas ainda sem previsão de alta. Ele permanece com restrições a visitas e deve ficar internado por pelo menos mais duas semanas.

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