“Bolsonaro Critica Governo Lula por Tentativa de Esquecer o Passado e Colocar Culpa nos Anteriores pela Crise nos Correios”
Ex-presidente questiona ações do atual governo em meio a dificuldades financeiras da estatal
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez duras críticas ao governo Lula, acusando-o de tentar alterar o passado para desviar a responsabilidade pela crise nos Correios. Em entrevista concedida ao canal Auriverde Brasil, Bolsonaro alegou que o governo atual está usando o governo dele como bode expiatório para os problemas financeiros da estatal, que enfrenta sérias dificuldades, incluindo o risco de insolvência.
De acordo com um documento interno da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) divulgado recentemente, a empresa começou a tomar medidas urgentes de contenção de gastos após registrar três anos consecutivos de prejuízos. A crise foi agravada pela “taxa das blusinhas”, uma tributação de 20% sobre compras internacionais até US$ 50, que gerou uma perda de R$ 1 bilhão na receita da empresa em 2024.
Críticas e alegações sobre a gestão passada
Bolsonaro, ao comentar sobre o balanço da empresa, afirmou que a gestão dos Correios foi superavitária durante seu governo, mas que no último ano, com a gestão de Lula, a situação financeira da empresa se deteriorou. O ex-presidente também apontou que o governo Lula reconheceu um passivo trabalhista de R$ 1 bilhão, que, segundo ele, foi negligenciado nos governos de Dilma e Temer. “Esse balanço negativo de R$ 1 bilhão foi colocado na minha conta”, disparou Bolsonaro.
Correios enfrentam sérios riscos financeiros e imobiliários
Além das dificuldades financeiras, a ECT enfrenta uma crise imobiliária, com 122 imóveis da estatal em risco de despejo por falta de pagamento. Entre esses imóveis estão agências e centros de distribuição dos Correios, que correm o risco de serem despejados até o final de 2024.
A empresa também estabeleceu um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2024, com medidas de austeridade, como a suspensão temporária de contratações e a negociação de contratos para reduzir custos.
