
Bolsonaro Critica Velocidade do STF no Julgamento de Denúncia por Golpe: “Velocidade da Luz”
Ex-presidente compara andamento do processo com outros casos de longa duração e afirma que julgamento rápido visa prejudicar sua candidatura em 2026
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou sua insatisfação com a rapidez do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele, que envolve uma suposta tentativa de golpe de Estado. Em declarações feitas nesta quinta-feira (13), Bolsonaro comparou o andamento acelerado do processo à “velocidade da luz”, sugerindo que a agilidade ocorre porque ele é atualmente o favorito nas pesquisas para a eleição presidencial de 2026.
Bolsonaro criticou a Justiça brasileira, que, segundo ele, apresenta índices “impressionantes negativamente”, mas que, neste caso, um “inquérito repleto de problemas e irregularidades” está sendo julgado em tempo recorde de apenas um ano e um mês.
O julgamento da denúncia está agendado para o próximo dia 25 de março, sob a presidência do ministro Cristiano Zanin, da Primeira Turma do STF.
Em suas declarações, Bolsonaro também citou o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que enfrentou processos relacionados à tentativa de anular a eleição de 2020 e à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Segundo Bolsonaro, a “perseguição” contra Trump demorou quase cinco anos para resultar em uma denúncia formal, e os processos contra o ex-presidente americano foram “reduzidos a pó” pela “escolha soberana” do povo dos EUA.
Embora o julgamento de Bolsonaro esteja previsto para ser concluído ainda em 2025, antes das eleições de 2026, permitindo que o processo não interfira no calendário eleitoral, aliados do ex-presidente apontam a rapidez com que o caso está sendo tratado em comparação com outros processos de longa duração, como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que levou sete anos para chegar a um desfecho.
Caso Bolsonaro seja absolvido, a agilidade do processo poderia, paradoxalmente, beneficiar sua imagem e fortalecer sua candidatura à presidência.