Bolsonaro diz temer ser envenenado caso seja preso

Bolsonaro diz temer ser envenenado caso seja preso

Ex-presidente afirma que prisão não é de interesse de seus opositores: ‘Precisam me eliminar’

Faltando poucos dias para o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a denúncia que pode torná-lo réu por suposta participação em uma trama golpista para anular as eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que teme por sua vida caso seja preso. Durante sua participação no podcast Flow, nesta sexta-feira (14/3), ele declarou acreditar que seria envenenado na prisão.

Bolsonaro relembrou sua trajetória política, desde vereador até a Presidência da República, e disse que não poderia terminar seus dias atrás das grades. Segundo ele, sua vida foi marcada por momentos de sorte, incluindo o atentado a faca que sofreu durante a campanha de 2018.

“Se me prenderem, vão me matar”

O ex-presidente enfatizou que sua prisão não seria de interesse de seus opositores, pois poderia causar problemas: “Minha vida é feita de acontecimentos inesperados. Até a facada foi um milagre. Médicos dizem que, de cada 100, só um sobrevive. É igual ao Trump com o tiro na orelha. Temos muita coisa em comum, exceto a fortuna. Deus não me colocou aqui para morrer atrás das grades. Se me prenderem, vão me matar. Não tenho a menor dúvida de que serei envenenado. Não é de interesse que me vejam preso, porque vou dar dor de cabeça. Precisam me eliminar”, afirmou.

Comentários sobre Mauro Cid

Na entrevista, Bolsonaro também comentou as declarações de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada com o STF. O ex-presidente admitiu que algumas das revelações feitas por Cid são verdadeiras, mas disse que há alegações que ele desconhece.

“Ele fala muita coisa. Algumas são verdade, mas outras eu fico pensando: ‘Como o cara teve conhecimento disso, se nem eu estava sabendo?’”, disse Bolsonaro.

Entre as informações fornecidas por Cid à Justiça está a acusação de que Bolsonaro teria redigido um decreto para instaurar um “estado de defesa”, supostamente com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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