Bolsonaro Lidera Manifestação em Copacabana por Anistia aos Presos do 8 de Janeiro
Ato reúne apoiadores, familiares de réus e políticos em apoio à anistia e em críticas ao STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) organizou, neste domingo pela manhã, um ato em Copacabana com o objetivo de pressionar pela anistia dos envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023. O evento contou com a presença de seus filhos, Eduardo, Carlos e Flávio Bolsonaro, além de governadores e parlamentares, como Cláudio Castro (PL-RJ) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que se uniram a outros aliados políticos para apoiar a causa.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não participou do evento devido a uma cirurgia estética recente, mas sua filha Letícia e o irmão de consideração, Eduardo Torres, marcaram presença. Durante o evento, a vice-presidente do PL Mulher, Priscila Costa, conduziu a manifestação com gritos de apoio a Michelle Bolsonaro, vista como possível candidata à presidência, em um cenário onde o ex-presidente Bolsonaro é inelegível por oito anos.
Bolsonaro, que enfrenta processos legais e acusações relacionadas ao golpe de Estado de janeiro, foi o último a discursar e destacou o apoio de outros partidos, como o PSD de Gilberto Kassab, à causa da anistia. Durante sua fala, o ex-presidente reforçou a importância de mobilizar a aprovação da anistia em Brasília.
A lista de oradores também contou com o apoio de figuras como o pastor Silas Malafaia e parlamentares que se manifestaram criticando o atual governo e a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). O ato também contou com a presença de familiares de réus do 8 de janeiro, como os parentes de Cleriston Pereira da Cunha, que morreu em novembro de 2023, e com menções religiosas, comparando os presos a figuras de perseguição histórica.
Os discursos foram curtos, mas incisivos. Flávio Bolsonaro, por exemplo, pediu a anistia para os réus e reforçou a visão de que Bolsonaro será o próximo presidente. Já Tarcísio de Freitas e Cláudio Castro se concentraram em destacar as realizações do governo Bolsonaro e as dificuldades econômicas enfrentadas pela população, como o aumento dos preços de alimentos.
Antes do ato, em clima de confraternização, foram vendidos itens como bandeiras do Brasil e roupas nas cores verde e amarela, enquanto os apoiadores chegavam a pé, de metrô ou em excursões de ônibus. A manifestação também teve seu tom político acentuado por críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, que foi alvo de duras declarações durante o evento.
Esta manifestação em Copacabana é a quarta organizada por Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia desde o fim do mandato presidencial, mantendo o foco na anistia aos réus do 8 de janeiro e nas críticas à atuação do Supremo.
