“Bolsonaro Mira 2026 e Alfineta Marçal: ‘A Chance Sou Eu'”

Ex-presidente reafirma liderança na direita, questiona sistema judiciário e descarta rivais em entrevista à Veja

Em entrevista recente à revista Veja, Jair Bolsonaro não só reafirmou sua intenção de disputar as eleições presidenciais de 2026, como também lançou críticas ao empresário Pablo Marçal, um nome em ascensão na direita brasileira. Apesar de inelegível e enfrentando várias investigações, o ex-presidente mantém a confiança de que é a única figura realmente viável para representar o campo conservador. “Falam de vários nomes, mas chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional,” afirmou.

Bolsonaro também comentou sobre as derrotas de seus aliados nas eleições municipais deste ano, contestando as críticas sobre seu desempenho como cabo eleitoral. Enquanto candidatos apoiados por ele perderam em cidades como Belo Horizonte e Goiânia, ele celebrou vitórias em outras regiões, reafirmando que seu apoio ainda é essencial para o sucesso da direita.

Criticas ao Sistema Judiciário e Marçal

Bolsonaro voltou a direcionar críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, a quem acusa de perseguição. Ele expressou insatisfação com as investigações sobre sua suposta ligação com tentativas de golpe, mas reafirmou que jamais atuou “fora das quatro linhas”. Para reverter sua inelegibilidade até 2026, ele vê três possíveis caminhos: uma alteração legislativa no Congresso, um processo no STF ou, se necessário, uma candidatura de última hora que obrigue o TSE a decidir sobre sua elegibilidade.

Quando questionado sobre Marçal, Bolsonaro não economizou nas críticas. Ele mencionou que o empresário tentou obter seu apoio, mas, após uma conversa privada, divulgou informações que não correspondiam à realidade, o que desgastou a relação. “O Marçal é inteligente, mas não usou a inteligência para o bem,” alfinetou o ex-presidente. Segundo ele, Marçal, apesar de ser jovem e promissor, teria “arranhado sua imagem” ao buscar diálogo com lideranças da esquerda, como Guilherme Boulos.

Vitórias e Derrotas nas Eleições Municipais

Apesar das vitórias do PL em quatro capitais, o ex-presidente também enfrentou derrotas significativas onde atuou como cabo eleitoral. Candidatos apoiados por ele perderam em cidades importantes, mas ele destacou que seu apoio ajudou o partido a se destacar em municípios estratégicos, consolidando posições que considera fundamentais para o avanço do campo conservador no país.