
Bolsonaro promete continuar sendo um “problema” para o STF, mesmo preso ou morto
Ex-presidente afirma que já tem votos suficientes para garantir a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo possíveis benefícios para ele mesmo.
Neste domingo, 16 de março de 2025, durante um evento em Copacabana, Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que continuará sendo um “problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF), independentemente de estar “preso ou morto”. Em seu discurso para uma multidão de apoiadores, Bolsonaro afirmou que já possui apoio suficiente no Congresso para aprovar a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro, uma medida que também poderia beneficiá-lo.
Bolsonaro, que estava nos Estados Unidos no dia dos atos golpistas em Brasília, disse que, caso estivesse no Brasil, provavelmente estaria preso ou até morto. Ele aproveitou para reforçar sua posição em relação à anistia, afirmando que a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem os votos necessários para a aprovação do projeto de lei na Câmara dos Deputados. O ex-presidente também mencionou que, mesmo que o presidente Lula decida vetar a proposta, a oposição está disposta a derrubar o veto.
Ao discursar, Bolsonaro criticou duramente o STF, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de interferir nas eleições de 2022. Ele também questionou a legitimidade de sua derrota nas urnas, fazendo referência ao inquérito sigiloso que resultou em sua inelegibilidade até 2030.
Em tom de campanha para as eleições de 2026, o ex-presidente pediu aos seus seguidores que ajudem a eleger metade dos membros da Câmara e do Senado, prometendo que, com o controle do Legislativo, ele seria capaz de “mudar os destinos do Brasil”.