Bolsonaros se mobilizam em defesa de Eduardo após PGR pedir investigação

Bolsonaros se mobilizam em defesa de Eduardo após PGR pedir investigação

Flávio e Carlos alegam perseguição política; deputado é acusado de articular contra o STF nos EUA

A família Bolsonaro voltou a ocupar o centro das atenções. Depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abra uma investigação contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seus irmãos, Flávio e Carlos, saíram imediatamente em sua defesa nas redes sociais.

O motivo do pedido? Segundo a PGR, Eduardo estaria se articulando nos Estados Unidos para tentar desgastar a imagem do Supremo e, em especial, do ministro Alexandre de Moraes. A acusação é de que ele busca deslegitimar instituições brasileiras no exterior, se aproximando de políticos da ala mais conservadora americana.

O pedido de investigação surge em meio a um clima já tenso entre o bolsonarismo e o Judiciário. Na semana passada, uma declaração do senador norte-americano Marco Rubio — aliado de Donald Trump — acendeu um alerta: ele sugeriu que os EUA poderiam impor sanções a Alexandre de Moraes. Nos bastidores, essa fala foi vista como fruto direto das articulações conduzidas por Eduardo com figuras da direita americana.

A PGR reforçou que, além dos encontros, pesam contra Eduardo declarações recentes, nas quais ele ataca diretamente as instituições democráticas brasileiras, sobretudo o STF.

Até agora, Eduardo não se pronunciou oficialmente. Mas seus irmãos entraram pesado na defesa. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disparou no X (antigo Twitter) críticas duras contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet:
— “O procurador usa seu cargo para perseguir quem busca apoio internacional. Já vi gente levar caixão até o cemitério, mas nunca vi alguém se enterrar junto”, ironizou.

Carlos Bolsonaro também não ficou calado. Disse que o irmão virou alvo assim que suas denúncias começaram a ecoar fora do Brasil:
— “Querem criminalizar o deputado federal mais bem votado da história, que só está exercendo seu direito de expressão e articulação internacional. Hoje é ele, amanhã pode ser qualquer um que ouse questionar o que eles não querem”, escreveu.

Enquanto isso, diplomatas brasileiros alertam que, se os EUA seguirem adiante com sanções contra Moraes, isso pode gerar um desastre nas relações entre os dois países.

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