Braga Netto rebate acusações de golpe e Caiado critica “factóides” políticos

Braga Netto rebate acusações de golpe e Caiado critica “factóides” políticos

General e governador de Goiás reagem às investigações da PF sobre suposta trama golpista

O general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, usou suas redes sociais neste sábado (23) para negar as acusações de envolvimento em um plano golpista ou em supostas conspirações para assassinatos. As alegações constam no indiciamento da Polícia Federal divulgado na última quinta-feira (21), que inclui 36 pessoas, entre elas Bolsonaro, como suspeitos de planejar ações contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Jamais houve golpe ou plano para assassinar alguém”, declarou Braga Netto no X, acompanhado de uma nota de seus advogados. As investigações da PF apontam que os encontros teriam ocorrido na residência do general e discutiriam ações como tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito e conspirações de alto escalão, envolvendo nomes como Lula, Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Na nota de defesa, os advogados ressaltaram que o general sempre agiu com ética e dentro dos limites constitucionais, repudiando qualquer narrativa que o coloque como conspirador. “A verdade será esclarecida no devido processo legal”, afirmaram. Braga Netto também classificou as acusações como absurdas e fruto de interesses questionáveis.

Caiado vê desvio de foco e critica debates polarizados

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também se manifestou, sugerindo que o caso se trata de um “factóide” para desviar a atenção de questões mais urgentes, como reforma administrativa e corte de gastos. Em entrevista, Caiado declarou: “O Brasil está perdido, sem rumo. Focar nesse tipo de assunto é cansativo e não resolve os problemas reais do país.”

Possível nome da direita para as eleições presidenciais de 2026, Caiado demonstrou descontentamento com a polarização política. “Já chega dessa conversa de extrema direita e extrema esquerda. A sociedade quer soluções concretas, não mais quatro anos de debates vazios.”

Caiado afirmou que aguardará o julgamento do STF sobre o caso, mas enfatizou que a continuidade de acusações sem provas concretas apenas alimenta uma pauta desgastada. “Se houver culpa, que sejam condenados, mas o achismo não contribui em nada para o Brasil.”

As investigações da PF continuam sob sigilo, enquanto a repercussão política promete prolongar a tensão em torno do tema.

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