Brasil age com cautela diante das novas tarifas impostas por Trump

Brasil age com cautela diante das novas tarifas impostas por Trump

Governo estuda reação e aguarda decisão oficial dos EUA

O governo brasileiro está adotando uma postura cautelosa e ainda avalia como responder às novas tarifas anunciadas pelo ex-presidente e atual mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida repete uma ação tomada por Trump em seu primeiro mandato (2017-2021), quando foram impostas restrições à importação de aço e alumínio brasileiros.

Em 2018, Trump estabeleceu tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, levando o Brasil a negociar um sistema de cotas que limitava as exportações desses produtos com base na média de vendas entre 2015 e 2017. Além disso, empresas americanas puderam comprar matéria-prima brasileira sem a sobretaxa, desde que comprovassem a escassez do produto nos EUA.

Diante da nova decisão do governo Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já indicou que o Brasil pode adotar uma postura de reciprocidade, aplicando tarifas a produtos americanos exportados para o Brasil. “Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade. Simples, não tem nenhuma dificuldade”, afirmou Lula em janeiro.

Nesta segunda-feira (10), a equipe econômica do governo federal manteve a posição de aguardar informações concretas antes de qualquer manifestação oficial. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, reforçou a necessidade de cautela:

“O governo só vai se manifestar oportunamente, com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos.”

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, destacou a importância do diálogo com os Estados Unidos e antecipou sua volta a Brasília para discutir o tema com técnicos da pasta. Segundo ele, a relação comercial entre os dois países deve ser equilibrada, evitando prejuízos para ambas as partes.

Enquanto as negociações seguem, o Brasil monitora a situação de perto, buscando uma estratégia que proteja os interesses da indústria nacional sem comprometer as relações comerciais com os EUA.

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