
Brasil Assume Maior Juro Real do Mundo Após Corte na Taxa da Argentina
Decisão do Banco Central Argentino reduz juros e coloca Brasil e Rússia no topo do ranking
A Argentina perdeu o posto de país com a maior taxa de juros real do mundo. Na noite de quinta-feira (30), o Banco Central do país vizinho anunciou um novo corte de três pontos percentuais na taxa básica de juros, reduzindo-a de 32% para 29% ao ano.
Com isso, o Brasil assumiu a liderança no ranking global de juros reais, seguido de perto pela Rússia.
O que motivou o corte na Argentina?
De acordo com o Banco Central Argentino, a decisão foi tomada com base em uma tendência de queda da inflação no país. Apesar de ainda estar em níveis elevados, a inflação argentina desacelerou, fechando 2024 em 117,8%, bem abaixo dos impressionantes 211,4% registrados no ano anterior.
Com a redução dos juros e a expectativa de menor inflação nos próximos meses, a taxa de juro real da Argentina caiu para 6,14%, empurrando o país para a terceira posição no ranking global.
Brasil no topo
Enquanto a Argentina reduziu os juros, o Brasil seguiu o caminho oposto. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual nesta semana, levando-a para 13,25% ao ano. Com essa mudança, o Brasil agora tem a maior taxa de juro real do mundo, calculada em 9,18%.
Em segundo lugar no ranking está a Rússia, com um juro real de 8,91%.
Confira o ranking de juros nominais
Mesmo com o aumento da Selic, o Brasil continua em quarto lugar no ranking global de juros nominais, que considera a taxa de juros sem descontar a inflação. Veja os líderes da lista:
- Turquia – 45,00%
- Argentina – 29,00%
- Rússia – 21,00%
- Brasil – 13,25%
- México – 10,00%
A movimentação das taxas de juros continua sendo um fator crucial para a economia global, impactando investimentos, inflação e crescimento econômico.