“Brasil Impõe Limites: Venezuela e Nicarágua Fora dos BRICS”
Durante a cúpula dos BRICS, realizada em Kazan, Rússia, Venezuela e Nicarágua foram excluídas da lista de países que poderão integrar o grupo, uma vitória diplomática do Brasil. O Itamaraty, utilizando articulações estratégicas, se opôs fortemente à inclusão das duas nações, devido às tensões com os governos de Nicolás Maduro e Daniel Ortega. A exclusão foi um passo significativo, principalmente por conta do distanciamento que o governo brasileiro tem demonstrado em relação às ditaduras latino-americanas.
Com o Brasil exercendo sua influência, a decisão reflete a busca por manter o BRICS como um grupo focado em nações com relevância geopolítica. O presidente Lula, embora ausente devido a um acidente, já havia sinalizado sua insatisfação com o regime de Maduro, especialmente após as polêmicas eleições venezuelanas. Da mesma forma, a relação com a Nicarágua está abalada, após a expulsão do embaixador brasileiro.
Enquanto países como Bolívia, Cuba e Indonésia foram considerados para uma nova categoria de “parceiros”, a manobra brasileira foi clara: afastar governos autoritários e alinhar os BRICS a interesses que reforçam a importância do Brasil no cenário internacional. Essa exclusão é vista como um movimento estratégico para a reforma do Conselho de Segurança da ONU, uma pauta sempre defendida pela diplomacia brasileira.
4o