Brasil pode retaliar empresas de tecnologia dos EUA se Trump taxar aço e alumínio
Medida pode ser anunciada nesta segunda e afetaria diretamente exportações brasileiras
O governo brasileiro estuda a possibilidade de taxar gigantes da tecnologia dos Estados Unidos caso o presidente Donald Trump oficialize, nesta segunda-feira (10), um aumento de até 25% nas tarifas sobre o aço e o alumínio. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Retaliação e impacto no comércio
Trump já adiantou nas redes sociais que pretende anunciar a nova tarifa, o que impactaria diretamente o Brasil, um dos maiores fornecedores de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá. Atualmente, 48% das exportações brasileiras de aço e 16% das de alumínio têm os Estados Unidos como destino.
Como resposta, o Brasil pode implementar a chamada “digital tax”, uma taxação sobre plataformas digitais de empresas como Amazon, Meta (dona do Facebook e Instagram), Google e Spotify. Segundo uma autoridade do governo brasileiro, essa medida seria vantajosa por sua implementação imediata e por afetar setores estratégicos da economia americana.
O cenário internacional
A taxação de empresas de tecnologia já está sendo discutida em fóruns internacionais, como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Alguns países, como o Canadá, já avançaram na implementação dessa medida, tornando o movimento do Brasil alinhado com tendências globais.
Se confirmada, essa possível retaliação pode marcar mais um capítulo na disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos, reforçando o impacto de decisões políticas no cenário econômico global.
