Brasil se Omite Diante das Atrocidades Contra Mulheres no Irã na ONU

Brasil se Omite Diante das Atrocidades Contra Mulheres no Irã na ONU

Em mais uma abstenção vergonhosa, o governo Lula evita condenar o regime iraniano pela repressão brutal a mulheres e crianças.

Em uma demonstração de omissão diante da repressão brutal do regime iraniano, a delegação brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU) se absteve de votar a favor de uma resolução que condenava o Irã pela violência sistemática contra mulheres e pela imposição de penas de morte em Teerã. A resolução, proposta por países da União Europeia e pelos Estados Unidos, teve o apoio de 77 nações, mas o Brasil, mais uma vez, escolheu o caminho da inação, alinhando-se aos outros países do BRICS, que também se abstiveram.

A decisão de não tomar uma posição clara contra as violações de direitos humanos no Irã é um reflexo preocupante da postura do governo de Lula em relação a questões internacionais de direitos humanos. Em abril, o Brasil já havia optado por se abster em outra votação importante, quando foi discutido ampliar as investigações sobre o regime iraniano, mesmo após reconhecer as contínuas violações dos direitos da população iraniana.

A justificativa dada por Tovar da Silva Nunes, chefe da Delegação Permanente do Brasil na ONU, foi o desejo de manter um “diálogo construtivo” com o governo iraniano, que, segundo ele, estava cooperando com as investigações sobre a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos assassinada pela polícia moral do regime. A morte de Amini, que desencadeou uma onda de protestos e o movimento “Mulher, Vida, Liberdade”, evidenciou a repressão implacável às mulheres no país, incluindo tortura, detenção e até morte por protestos pacíficos.

Enquanto o regime iraniano continua a silenciar e matar aqueles que se opõem ao seu domínio, o Brasil permanece em silêncio, preferindo fechar os olhos para a realidade trágica das mulheres e crianças que enfrentam uma violência constante e inaceitável. Em vez de defender os direitos humanos, a diplomacia brasileira opta por uma postura conveniente e vergonhosa, deixando de apoiar aqueles que, ao redor do mundo, lutam por justiça e liberdade.

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