Café com presidenciáveis: Bolsonaro se reúne com governadores antes de ato por anistia

Café com presidenciáveis: Bolsonaro se reúne com governadores antes de ato por anistia

Ex-presidente articula apoio político e tenta fortalecer movimento que busca reverter sua inelegibilidade; encontro reuniu quatro possíveis nomes da direita para 2026.

Na manhã deste domingo (6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com sete governadores aliados, em São Paulo, num café da manhã que serviu como aquecimento para o ato pró-anistia na avenida Paulista. O movimento, que pede perdão aos presos do 8 de janeiro, também é visto como uma tentativa de abrir caminho para que Bolsonaro recupere seus direitos políticos a tempo das eleições de 2026.

A reunião aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e contou com a presença de quatro nomes cotados como possíveis candidatos da direita à Presidência da República: Romeu Zema (Novo-MG), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO) e Ratinho Júnior (PSD-PR). Eles são vistos como alternativas para o campo bolsonarista, caso o ex-presidente permaneça inelegível.

Apesar de buscarem protagonismo nacional, os governadores têm defendido publicamente a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e criticado o julgamento do Supremo Tribunal Federal que transformou Bolsonaro em réu por suposta tentativa de golpe de Estado. Dentre os presidenciáveis presentes, apenas Tarcísio havia participado do ato anterior pela anistia, realizado no mês passado, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Completaram a mesa de café os governadores Jorginho Mello (PL-SC), Wilson Lima (União-AM) e Mauro Mendes (União-MT). Já o governador do Rio, Cláudio Castro (PL-RJ), aliado próximo de Bolsonaro, cancelou a ida ao evento devido às fortes chuvas que atingiram o estado fluminense nos últimos dias.

A reunião deixou clara a movimentação da direita em torno de uma eventual sucessão bolsonarista, caso a Justiça mantenha a inelegibilidade do ex-presidente. Ao mesmo tempo, reforça o alinhamento dos governadores ao discurso de anistia — bandeira que tem ganhado força nas ruas e também em parte do Congresso.

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