“Câmara convoca Tarcísio e Derrite: discursos versus a realidade da violência policial em São Paulo”

“Câmara convoca Tarcísio e Derrite: discursos versus a realidade da violência policial em São Paulo”

Audiência pública pretende esclarecer ações do governo paulista diante de casos alarmantes de violência policial

A Câmara Municipal de São Paulo decidiu pressionar o governo estadual a dar explicações sobre os recentes episódios de violência policial na cidade. Para isso, enviou um convite ao governador Tarcísio de Freitas e ao secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, para participarem de uma audiência pública, marcada para o dia 12 de outubro, às 18h. A iniciativa foi aprovada pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, presidida pela vereadora Luna Zarattini, que prometeu cobrar ações efetivas.

Presença não obrigatória e o peso do silêncio

Embora o convite não obrigue a presença dos convidados, o gesto carrega um recado claro: é hora de discutir, com seriedade, os rumos da segurança pública no estado. A crescente indignação popular exige respostas concretas, especialmente após uma sequência de denúncias envolvendo abuso de autoridade por parte de agentes da polícia.

Tecnologia contra a violência ou cortina de fumaça?

Enquanto isso, o governador Tarcísio participou de um evento no Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) para testar novas câmeras corporais, adquiridas de um contrato com a Motorola. O governo investiu em 12 mil dispositivos, prometendo modernizar o monitoramento policial, mas as câmeras enfrentam críticas. A Defensoria Pública alerta que elas não atendem às exigências do STF, especialmente no requisito de gravação contínua. Para completar, o recurso de ativação remota pelo COPOM levanta debates sobre a autonomia policial no campo.

Mais promessas no horizonte

Tarcísio também anunciou outros planos para reforçar a segurança, como reciclagem de policiais, novas aquisições de equipamentos e treinamentos em técnicas não letais. Apesar das promessas, a população e especialistas esperam mais do que tecnologia: exigem mudanças profundas e uma política que previna, ao invés de remediar, os excessos cometidos nas ruas.

No próximo dia 12, resta saber se o silêncio será quebrado ou se, mais uma vez, discursos vazios tentarão mascarar a realidade.

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