Câmara de São Paulo decide nesta terça se instala CPI contra o padre Júlio Lancellotti
A Câmara Municipal de São Paulo realizará uma reunião do colégio de líderes nesta terça-feira, 6, às 14h, para discutir a instalação da CPI (Comissão de Inquérito) das ONGs. O foco da investigação inclui o padre Júlio Lancellotti, acusado de envolvimento com as entidades Bompar e Craco Resiste, que atuam em projetos comunitários para populações em situação de rua e usuários de drogas.
A decisão sobre a implementação da CPI será tomada pelo consenso do colégio de líderes, sem votação. Caso aprovada, a comissão precisará do aval do plenário da Câmara, com a necessidade de 28 votos favoráveis.
Além de ser alvo da CPI das ONGs, o padre Júlio Lancellotti está sendo investigado pela Arquidiocese de São Paulo por suposto assédio sexual a um ex-coroinha em 1987. O religioso negou as acusações, classificando-as como falsas, e afirmou que fazem parte de uma rede de desinformação com interesses políticos e econômicos.
A CPI das ONGs, proposta pelo vereador Rubinho Nunes, tem como foco principal as entidades Bompar e Craco Resiste, acusando o padre Lancellotti de parcerias com essas organizações. O vereador alega que a atividade da Pastoral de Rua, da qual o padre faz parte, não está vinculada às atividades mencionadas na CPI.
A investigação gera polêmica, envolvendo questões políticas e acusações contra o religioso. O colégio de líderes buscará um consenso sobre a necessidade de instaurar a CPI, e a decisão final dependerá do plenário da Câmara Municipal.
