Câmara de São Paulo homenageia 40 anos de luta do MST por direito à terra
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi homenageado nesta segunda-feira (17) na Câmara Municipal de São Paulo, em comemoração aos seus 40 anos de fundação. O movimento, que surgiu em 1984 durante um encontro de trabalhadores rurais em busca de direitos à terra e à democracia, é hoje um dos principais movimentos populares camponeses da América Latina.
O evento ocorreu no Plenário 1º de Maio da sede do Legislativo paulistano e foi organizado pelo vereador Jair Tatto (PT), com apoio das bancadas do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A homenagem destacou a importância do MST na luta contra a fome, no combate à crise climática e na resistência ao governo de Tarcísio Freitas (Republicanos).
Durante a solenidade, transmitida pelo YouTube, o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) enfatizou a relevância do movimento: “Estamos homenageando um movimento que realmente garante um direito constitucional, especialmente para os mais vulneráveis, que é o direito à terra e a possibilidade de construir uma perspectiva de vida para a família, o que o MST tem feito nos últimos 40 anos.”
O MST, atualmente, é o maior movimento popular camponês do Brasil, com presença em 24 estados e já ajudou cerca de 450 mil famílias a conquistar seus direitos à terra através da mobilização dos trabalhadores rurais.
A vereadora e educadora Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) também discursou, lembrando sua participação no movimento como ativista cultural e sublinhando a importância de apoiar o MST. “O MST é um dos movimentos que mais luta por aquilo em que acreditamos: uma nova possibilidade de mundo. Devemos nos posicionar favoravelmente aos movimentos importantes para nós enquanto classe trabalhadora e enquanto esquerda neste país”, afirmou.
Claudete Pereira, membro da direção nacional do MST, destacou o compromisso contínuo da organização: “Queremos reafirmar nosso compromisso de seguir lutando pela reforma agrária popular e rompendo a cerca do latifúndio, que só traz miséria e destruição. Propomos uma reforma agrária popular que eleve a condição de vida do nosso povo.”