Câmara prioriza PEC que exige aval do Congresso em prisões do STF

Câmara prioriza PEC que exige aval do Congresso em prisões do STF

Proposta do deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) deve avançar em grupo de trabalho que Lira criará para limitar ações do Supremo.

A Câmara deve instalar um grupo de trabalho para limitar as ações do STF, que se concentrará na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) exigindo aprovação do Congresso para prisões de deputados e senadores.

Outros projetos, como o que remove o foro privilegiado dos parlamentares, também estão sob análise interna. Com isso, processos contra deputados e senadores deixariam o STF e passariam para tribunais inferiores, o que daria mais chances de recursos. As discussões sobre o texto que o grupo de trabalho tratará devem voltar na reunião de líderes da Câmara da próxima semana.

A PEC do deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) é pleiteada pela Oposição desde janeiro deste ano, depois das operações da PF (Polícia Federal) que miraram os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Na reunião de líderes na terça-feira (16.abr), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sugeriu a criação de um grupo de trabalho para limitar as ações do STF sobre o Legislativo. O movimento para tratar o tema ganhou força depois da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que alguns congressistas consideraram inconstitucional. 

A Câmara manteve a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre a prisão de Brazão, mas a considera “exceção”. O Poder360 apurou que deputados que votaram a favor da manutenção da detenção não vão repetir o voto em casos futuros de menor gravidade. 

O presidente do STF, ministro Roberto Barroso, conversou na 4ª feira (17.abr) com Lira sobre as propostas que envolvem a atuação da Corte na Casa Baixa. Além de Barroso, o ministro Alexandre de Moraes também se encontrou com o deputado.

Segundo o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), líder do União Brasil na Câmara e preferido de Lira para sucedê-lo, falta só escolher os integrantes do grupo de trabalho que deve ser criado para limitar as ações do STF.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias
Tags