
Camisa vermelha da Seleção causa polêmica e Nikolas acusa viés político: “Querem pintar o futebol de ideologia”
Deputado critica possível novo uniforme da Seleção e questiona se mudança busca apagar a associação da camisa amarela com Bolsonaro.
A possível adoção de um uniforme vermelho pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2026 está dando o que falar — e não é só pela quebra da tradição. A notícia, divulgada pelo site Footy Headlines, aponta que a nova camisa reserva teria um tom vermelho intenso, o que já gerou reações acaloradas. Entre os mais críticos está o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que viu na escolha uma tentativa velada de politizar o futebol.
Nas redes sociais, Nikolas foi direto ao insinuar que a mudança não é apenas estética. Segundo ele, pode haver um movimento para “resgatar” a Seleção para a esquerda, já que a camisa amarela passou a ser evitada por esse campo político devido à sua forte ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro:
“Identidade pra quê, né? Dá uma olhada rápida e vê quem está com influência na CBF… um juiz. Coincidência? A esquerda abandonou a amarelinha por causa do Bolsonaro e agora aparece uma camisa vermelha. Vai ter campanha pra dizer que agora sim pode usar nas manifestações?” — escreveu o parlamentar.
A provocação de Nikolas ecoa um debate maior sobre o uso do futebol como ferramenta ideológica. Para ele, o novo design seria uma tentativa de ressignificar os símbolos nacionais para atender a uma agenda política.
Além do simbolismo, há também questões legais em jogo. O estatuto da CBF determina que os uniformes da Seleção devem usar exclusivamente as cores da bandeira do Brasil — verde, amarelo, azul e branco — salvo em edições comemorativas aprovadas pela diretoria da entidade.
Até o momento, a CBF não se pronunciou oficialmente sobre o uniforme vermelho. O silêncio da instituição só alimenta mais dúvidas sobre os reais motivos por trás da possível mudança.