Caso Marielle: mais três são denunciados e viram réus por vazar informações de operação que prendeu Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz

Caso Marielle: mais três são denunciados e viram réus por vazar informações de operação que prendeu Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz

No caso Marielle Franco, a Justiça decidiu que três novos réus terão que enfrentar as consequências de terem manchado a investigação com seus vazamentos. Entre os denunciados está um policial militar, Maurício da Conceição dos Santos Júnior, conhecido como Mauricinho, junto com Jomar Duarte Bittencourt Júnior, apelidado de Jomarzinho, e Maxwell Simões Corrêa, também chamado de Suel. Este último, aliás, já está preso por outro processo relacionado ao assassinato.

Esses indivíduos são acusados de sabotar a operação que levou à prisão dos ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes. As acusações giram em torno do crime de obstrução de investigação, com possíveis penas de até 20 anos de prisão. Embora o pedido de prisão preventiva dos acusados tenha sido rejeitado pela Justiça, o PM Mauricinho foi suspenso de suas funções e perdeu o porte de arma.

O Ministério Público revelou que mensagens trocadas entre os réus mostraram que eles estavam cientes da operação horas antes do seu início, o que prejudicou o trabalho dos investigadores e atrasou a conclusão do caso. A promotora Patrícia Costa ressaltou que o vazamento não apenas atrasou a investigação, mas também permitiu que as evidências fossem manipuladas.

A tentativa de fuga de Ronnie Lessa, flagrada por câmeras no momento da prisão, e as declarações de Élcio de Queiroz no STF, confirmando que Lessa sabia da operação com antecedência, são provas adicionais do impacto dos vazamentos. A situação revela a gravidade do escândalo, demonstrando como a corrupção e o abuso de poder podem minar a justiça e a verdade.

Enquanto isso, a defesa de Maxwell Simões prefere não se manifestar até ter acesso completo aos documentos do processo, e a corregedoria da PM já tomou medidas contra o PM denunciado. O caso continua a desenterrar camadas de corrupção e encobrimento, enquanto o Brasil observa o desenrolar dessa trama complexa e chocante.

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