Celulares fora da sala: Tarcísio sanciona lei que proíbe dispositivos em escolas de SP

Celulares fora da sala: Tarcísio sanciona lei que proíbe dispositivos em escolas de SP

Medida vale para redes pública e privada e busca reforçar a atenção dos estudantes no ambiente escolar

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), oficializou uma nova lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos em escolas do estado. Publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (6), a legislação já está em vigor e se aplica tanto às instituições públicas quanto privadas de ensino básico, incluindo educação infantil, fundamental e médio.

A lei, de autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede), amplia as restrições já previstas em uma norma de 2007, que limitava o uso dos aparelhos apenas durante o horário de aula. Agora, a proibição cobre todo o período de permanência do aluno na escola, abrangendo intervalos, recreios e atividades extracurriculares.

O que muda na prática?

Além de celulares, a medida também abrange outros dispositivos com acesso à internet, como tablets e relógios inteligentes. Caso os estudantes optem por levar esses aparelhos, deverão mantê-los guardados, em local indicado pela escola, durante todo o expediente escolar. Exceções são previstas apenas para uso pedagógico ou para alunos com deficiência que dependam de tecnologias assistivas.

Desafios de comunicação e adaptação

A lei determina que as escolas implementem canais de comunicação acessíveis para que pais e responsáveis possam se conectar com as instituições de ensino. Já para os educadores, a novidade não representa uma grande mudança. Colégios tradicionais como Bandeirantes, Etapa e Santo Américo já adotavam regras internas semelhantes, restringindo o uso de eletrônicos em sala de aula e promovendo iniciativas para conscientizar sobre o uso responsável da tecnologia.

Segundo Emerson Bento Pereira, Diretor de Tecnologia Educacional do Colégio Bandeirantes, a lei reforça práticas que já vêm sendo adotadas para equilibrar o uso da tecnologia no ensino. “A educação digital é essencial no século XXI, mas é fundamental educar os alunos sobre o uso adequado desses dispositivos, promovendo um aprendizado mais focado e eficaz”, destacou.

Educação além da tecnologia

Algumas instituições, como o Colégio Visconde Porto Seguro, têm apostado em ações educativas para reduzir a dependência tecnológica. A escola desenvolveu o projeto “Disconnect”, incentivando atividades culturais, esportivas e recreativas nos intervalos, com propostas sugeridas pelos próprios alunos.

Embora a nova lei seja mais abrangente, especialistas apontam que sua implementação deve consolidar hábitos que muitas escolas já praticavam, buscando um equilíbrio entre tecnologia e concentração no ambiente escolar.

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