Centro-direita lidera apuração em Portugal com margem apertada

Centro-direita lidera apuração em Portugal com margem apertada

Aliança Democrática (AD) tem 29,49% dos votos, contra 28,66% do Partido Socialista

Com 99,01% das urnas apuradas, a Aliança Democrática lidera nas eleições legislativas deste domingo (10), com uma margem pequena em relação ao segundo colocado. A coligação de centro-direita tem 29,49% dos votos computados, contra 28,66% do Partido Socialista.

Logo atrás vem o Chega, partido de direita que conquistou até o momento 18,06% dos votos, com um crescimento significativo em relação ao último pleito de 2022.

Como nenhum dos partidos garantiu a maioria absoluta dos votos (51%), as siglas devem começar agora com as negociações de alianças. A expectativa, segundo especialistas, é que a Aliança Democrática faça uma união com o Chega, o que daria a maioria no Parlamento.

Portugal vive um sistema de parlamentarismo, ou seja, o principal líder do país é o primeiro-ministro. O líder do partido que tiver maioria absoluta nas eleições legislativas leva o cargo de premiê. Caso nenhum partido consiga a maioria dos votos, é preciso que sejam feitas alianças com siglas menores para que se possa formar um governo.

Sobre a votação:

De acordo com os mais recentes dados do Ministério da Administração Interna do país, o comparecimento às urnas até às 16h (horário local) foi de 51,96%. De acordo com os dados de 2022, referentes às últimas eleições legislativas, nota-se um aumento de 6,3%.

A primeira projeção indica uma taxa de abstenção entre 40,5% e 46,5%, abaixo das eleições legislativas de 2022. Este pode ser o índice mais baixo desde a votação de 2009.

No total, serão eleitos 230 deputados, em uma campanha que teve o custo de 24 milhões de euros.

Concorrem no pleito 18 partidos, três a menos do que nas eleições de 2019 e 2022.

As questões que dominam a campanha no país mais pobre da Europa Ocidental incluem uma crise habitacional incapacitante, baixos salários, falta de saúde e corrupção, visto por muitos como endêmico para os principais partidos.

A eleição antecipada, quatro meses após a demissão repentina do primeiro-ministro socialista António Costa em meio a uma investigação de corrupção, novamente provoca o embate os dois partidos centristas – o Partido Socialista (PS) e o Partido Social-Democrata (PSD) – que se alternaram no poder desde o fim de uma ditadura fascista há cinco décadas.

FONTE: Poder 360

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