Chiquinho Brazão Desiste de Realizar Exame Médico Fora do Presídio

Chiquinho Brazão Desiste de Realizar Exame Médico Fora do Presídio

Deputado preso por envolvimento no caso Marielle alega falta de segurança para procedimento cardíaco

A defesa do deputado federal Chiquinho Brazão informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o parlamentar optou por não realizar um cateterismo fora da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde está detido. Preso desde março de 2024, Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2019.

Decisão e motivos da desistência

No início de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes autorizou que Brazão deixasse o presídio sob escolta da Polícia Federal para passar por consulta médica e realizar o exame cardíaco. No entanto, a defesa informou que o deputado está receoso e não confia que o sistema prisional possa oferecer condições adequadas para sua recuperação após o procedimento.

“Ele está muito apreensivo e não se sente seguro para realizar um procedimento tão invasivo enquanto preso, temendo que a penitenciária não tenha estrutura para garantir a sua recuperação”, justificaram os advogados em documento enviado ao STF.

Brazão, que sofre de uma doença coronariana, apresenta sintomas graves, como dores constantes no peito. Segundo a defesa, as condições atuais do parlamentar podem levar a três cenários:

  1. Obstrução completa das artérias coronárias, resultando em infarto;
  2. Necessidade urgente de cateterismo com possível implantação de stent;
  3. Indicação de cirurgia cardíaca aberta, dependendo dos resultados do cateterismo.

Pedido de prisão domiciliar negado

No fim de dezembro, os advogados de Brazão solicitaram que a prisão preventiva fosse convertida em prisão domiciliar humanitária, com o uso de tornozeleira eletrônica e autorização para tratamento médico em um hospital do Rio de Janeiro. Moraes, entretanto, negou o pedido, ressaltando que o parlamentar poderia realizar os exames necessários com escolta policial.

Com a desistência do exame fora do presídio, o estado de saúde de Brazão continua sob análise, enquanto sua defesa aguarda novos desdobramentos no caso.

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