Ciclista morto em assalto no Itaim Bibi é sepultado em Minas Gerais
Família e amigos lamentam perda de Vitor Medrado: “Tudo isso por um celular”
O ciclista Vitor Felisberto Medrado, de 46 anos, foi enterrado na manhã deste sábado (15/2) em Belo Horizonte, sua cidade natal. Ele foi morto na última quinta-feira (13/2) durante um assalto ao lado do Parque do Povo, no bairro nobre do Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo.
A despedida reuniu amigos e familiares no Cemitério da Paz, onde muitos prestaram homenagem usando roupas de ciclismo, simbolizando a paixão de Vitor pelo esporte. Em meio à dor, sua viúva, Jaqueline Medeiros dos Santos, expressou a tristeza da perda: “Não é só uma perda, é um buraco. A gente chora pelos momentos que não poderemos mais viver com ele”.
A irmã do ciclista, Josy Lima, também desabafou sobre a violência e o motivo do crime: “Não é natural. Ele estava apenas voltando para casa e não conseguiu. Tudo isso por causa de um celular. A gente pode comprar outro telefone, mas e a vida do meu irmão?”.
Quem era Vitor Medrado
Vitor era um ciclista experiente e dono de uma empresa de assessoria esportiva focada no ciclismo. Ex-atleta da equipe de Ribeirão Preto, ele conquistou a medalha de ouro nos Jogos Regionais de São Paulo, em 2013, na prova de velocidade por equipes.
Descrito por amigos como um “excelente profissional e ser humano”, Vitor também dava treinos no Parque do Povo, local próximo de onde foi assassinado.
Imagens revelam momento do crime
Novas imagens de câmeras de segurança mostram Vitor pedalando pela calçada da Rua Tabapuã minutos antes do crime. Em seguida, dois criminosos em uma motocicleta passam pelo mesmo caminho.
Ao parar ao lado de uma árvore na Rua Brigadeiro Haroldo Veloso para mexer no celular, ele foi abordado pelos assaltantes. Sem dar chance de reação, o garupa da moto atirou antes mesmo de tentar pegar o aparelho. O tiro atingiu o pescoço de Vitor, que chegou a ser levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.
Homenagem e protesto por mais segurança
Na sexta-feira (14/2), amigos e familiares prestaram homenagem no local do crime, jogando flores em sua memória. Um protesto pedindo mais segurança na região foi marcado para este domingo (16/2), no mesmo ponto onde Vitor foi assassinado.
