Cineastas independentes criticam Margareth Menezes por favorecer grandes produtoras

Cineastas independentes criticam Margareth Menezes por favorecer grandes produtoras

Setor reivindica mais apoio ao cinema independente e questiona políticas da ministra

A relação entre o setor audiovisual e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, continua tensa. Cineastas independentes, principalmente do Rio de Janeiro, reforçaram críticas à atual política cinematográfica, alegando que ela favorece grandes produtoras em detrimento do cinema independente, que há décadas sustenta o mercado nacional.

A polêmica ganhou novo fôlego após uma entrevista da ministra à Folha de S. Paulo, no dia 15 de março, em que ela negou estar retirando recursos de um setor para beneficiar outro. No entanto, ao anunciar uma nova linha de edital voltada para grandes empresas do setor, Margareth Menezes acabou gerando o efeito contrário: aumentou o descontentamento.

A Associação Brasileira de Cineastas Independentes (Abraci), que reúne mais de 70 produtoras cariocas, criticou a decisão, reforçando que o cinema independente precisa de suporte contínuo. Segundo a entidade, as pequenas e médias produtoras de São Paulo e Rio de Janeiro vêm mantendo o mercado aquecido desde os anos 70, garantindo empregos e produzindo dezenas de filmes anualmente.

“Se essas produtoras forem deixadas de lado, perderemos anos de conhecimento e especialização”, alertou a Abraci em nota enviada à coluna. O setor espera que o governo revise suas políticas para evitar um cenário onde apenas as grandes produtoras tenham acesso aos recursos públicos.

A polêmica segue em cartaz.

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