Cliente expulso de padaria em SP por usar notebook é preso em operação da PF contra fraude de criptomoedas
O cliente previamente expulso de uma padaria em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, por usar um notebook, foi temporariamente preso em Curitiba na terça-feira (27) como parte da Operação Fast da Polícia Federal. A operação visava combater uma quadrilha suspeita de envolvimento em projetos fraudulentos relacionados à criação de criptomoedas e NFTs (“Non Fungible Tokens”).
Allan Barros, o empresário detido, é pré-candidato a prefeito de Vitória. Dois mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Balneário Camboriú, Itajaí, Londrina e Curitiba. A ação teve como alvo um grupo ativo desde 2022 em Balneário Camboriú, que promovia criptomoedas próprias com promessas de lucros acima do mercado.
As investigações da PF estimam que até 20 mil vítimas no Brasil e no exterior perderam cerca de R$ 100 milhões no total. O advogado de Allan Barros afirmou que seu cliente nunca foi avisado sobre a investigação e que a prisão foi uma surpresa. A defesa refutou as acusações, alegando que a prisão preventiva parece desproporcional e que estão comprometidos em demonstrar a inocência do cliente.
A Operação Fast buscou desmantelar o esquema fraudulento que oferecia criptomoedas falsas, atraindo investidores por meio de promessas ilusórias de altos lucros. O empresário Allan Barros é acusado de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas totais previstas podem chegar a 28 anos de reclusão.