Com custo estimado de quase R$ 200 milhões, agências serão contratadas pelo governo Lula para cuidar de redes sociais
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência está em processo de contratação de empresas para assumir a gestão digital do governo Lula, com um investimento estimado de quase R$ 200 milhões. O edital de licitação prevê a contratação de quatro agências, com contratos iniciais de um ano, podendo ser prorrogados, e uma remuneração de aproximadamente R$ 49 milhões para cada vencedora.
As empresas selecionadas serão responsáveis por moderar e administrar conteúdos nas redes sociais dos Ministérios e pastas vinculadas à Presidência. O governo exige o uso de técnicas de machine learning e inteligência artificial para analisar o sentimento de notícias relacionadas ao Governo Federal. Além disso, as empresas deverão realizar pesquisas intensivas nas redes sociais sobre assuntos ligados ao governo, visando avaliar a recepção das ações do presidente Lula e de seus ministros no ambiente digital.
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, comunicou em dezembro do ano passado a intenção de contratar serviços para impulsionar as redes sociais do governo e desenvolver uma “política digital”. O processo de licitação adotou o critério de melhor técnica em vez de melhor preço, permitindo que o custo da contratação ultrapasse os R$ 197 milhões, desde que as empresas demonstrem competência técnica.
A Secom justificou a contratação, afirmando que visa atender ao princípio da publicidade e ao direito à informação, difundindo ideias, posicionando instituições e programas, disseminando iniciativas e políticas públicas, informando e orientando o público em geral.
O governo Lula busca inovação nas estratégias de comunicação digital para ampliar o alcance das mensagens e conteúdos governamentais. Atualmente, a Secom mantém contratos milionários com quatro agências de publicidade para coordenar campanhas midiáticas do governo, cada uma recebendo pelo menos R$ 450 milhões no contrato inicial de 2022.