Com pedido de impeachment na mão, Lira diz que reunião com Lula foi ‘amena’
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), classificou o encontro entre ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líderes partidários, na noite da quinta-feira 22, como um “bate-papo normal” e uma “conversa amena”. A reunião ocorreu no Palácio do Alvorada.
“A reunião de ontem foi um bate-papo normal, uma conversa mais amena que eu pedi ao presidente Lula”, destacou Lira durante a palestra de abertura do seminário “Pacto pelo Rio”. “Eu nunca tive nenhum tipo de relação pessoal com Lula, mas sempre ouvia que era um político de conversa (…) a participação do presidente é salutar, esse foi o objetivo da reunião ontem porque a relação sempre foi boa e não precisa de ressalvas.”
Segundo Lira, é “normal que na política as coisas sejam conversadas para que tenha o mínimo de ruído”. “Foi uma aproximação necessária que tem que ser rotina entre o presidente e os líderes”, concluiu.
O encontro ocorre em meio ao embate político entre o governo e o Legislativo pelo controle do orçamento. Principalmente, depois do veto de Lula a R$5,6 bilhões em emendas parlamentares, bem como o envio da medida provisória (MP) que volta a onerar a folha de pagamento dos 17 principais setores da economia do país, depois que o Congresso aprovou a desoneração da folha.
Além disso, a reunião acontece na semana em que parlamentares da oposição se mobilizaram e coletaram 140 assinaturas em um pedido de impeachment contra o presidente Lula. Conforme apurou Oeste, o assunto não foi mencionado no encontro.
O pedido de impeachment foi protocolado horas depois do fim da reunião, mas a coleta foi anunciada pela oposição durante toda essa semana.
Além de Lira, participaram do encontro com Lula cinco ministros de Estado, 13 líderes partidários da Câmara, três presidentes de partidos políticos e o prefeito de Recife, João Campos (PSB), representando o presidente da sigla, Carlos Siqueira.
Segundo o líder do PSB, Gervásio Maia (PB), Lula garantiu aos líderes na reunião que encontros como o de ontem seriam “frequentes”.
Fonte : Revista Oeste