Comandante do Exército terá buffet de R$ 684 mil com salmão e filé

Comandante do Exército terá buffet de R$ 684 mil com salmão e filé

Buffet contratado para o gabinete do comandante do Exército

Enquanto o país enfrenta uma infinidade de desafios, a notícia de que o buffet para o gabinete do comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, terá um custo de R$ 684 mil é um tapa na cara de qualquer noção de equilíbrio. O menu, que inclui iguarias como filé de salmão ao molho de maracujá, medalhão de filé, atum selado em crosta de gergelim e pernil de cordeiro assado, é um verdadeiro banquete de luxo. E o que é mais chocante? Isso não é uma celebração grandiosa, mas sim o padrão para recepções e reuniões.

A licitação aberta recentemente revela um cardápio que faria qualquer gourmet corar de inveja. Desde tornedor ao molho de funghi e shitake até bobó de camarão e bacalhau à Gomes de Sá, o buffet para o general é uma ode ao excesso. Enquanto isso, os militares de baixa patente da Força Aérea Brasileira enfrentam um contraste gritante: refeições em que até larvas de insetos foram encontradas. Que ironia cruel!

A justificativa apresentada para esse festival de ostentação é que as recepções e intercâmbios com militares estrangeiros são parte das “missões institucionais” do gabinete do comandante. Mas, sinceramente, isso soa como um prêmio de consolação em um jogo onde quem realmente está na linha de frente se contenta com o que há de pior.

Os detalhes do edital mostram um verdadeiro desfile de sofisticação: coffee breaks com uma variedade de sucos de frutas naturais, sanduíches gourmet e até petit fours; coquetéis volantes com salames importados e queijos sofisticados; almoços e jantares com pratos como boeuf bourguignon e filé de salmão ao forno. É como se estivessem celebrando cada dia como se fosse o último banquete de um rei.

Enquanto o Exército ostenta esse luxo, os soldados de baixa patente, com suas refeições questionáveis, enfrentam a realidade de uma Força Armada onde a desigualdade não é apenas uma abstração, mas uma crueldade palpável. É uma discrepância que não só levanta questões sobre a gestão dos recursos públicos, mas também sobre o respeito e a dignidade de quem serve à pátria. É de se perguntar: até quando vamos aceitar que o luxo de poucos seja bancado às custas da falta de condições básicas para muitos?

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