Comissão do Senado aprova indicados de Lula para diretorias do BC

Comissão do Senado aprova indicados de Lula para diretorias do BC


Na manhã desta terça-feira, 28, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou com grande maioria os indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a diretoria colegiada do Banco Central. Os nomes do economista Paulo Picchetti e do servidor de carreira do BC, Rodrigo Teixeira, foram aprovados com 20 votos a 1 (com 1 abstenção) e 22 votos a 1, respectivamente. Agora, as indicações seguem para análise e votação no plenário do Senado.

Caso sejam aprovados pelo plenário, Paulo Picchetti ocupará a vaga deixada por Fernanda Guardado na Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, enquanto Rodrigo Teixeira assumirá a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, cargo atualmente ocupado por Maurício Moura. Os mandatos de Guardado e Moura encerram em 31 de dezembro deste ano.

Durante a sabatina, Rodrigo Teixeira abordou a questão da autonomia do Banco Central e respondeu às críticas sobre a taxa de juros, destacando que críticas são naturais e bem-vindas. Ele enfatizou a importância de mudanças na política monetária com serenidade e transparência para evitar erros do passado.

Por sua vez, o economista Paulo Picchetti expressou sua intenção de atuar no Banco Central não apenas para cumprir os mandatos institucionais, mas também para abordar questões de desigualdade e pobreza no Brasil. Ele ressaltou a necessidade de garantir a estabilidade do sistema financeiro e da moeda, considerando critérios técnicos e também focando nas questões sociais.

Teixeira também destacou a importância do diálogo entre o governo e o Banco Central, afirmando que a política fiscal impacta a inflação, e a política monetária afeta a evolução da dívida, ressaltando a necessidade de entrosamento entre essas políticas.

Ambos os indicados defenderam a independência do Banco Central, com Picchetti enfatizando que um BC independente não significa ausência de diálogo ou prestação de contas, mas sim a capacidade de tomar decisões sem pressões externas, visando os melhores resultados para o país.

Além disso, Picchetti comprometeu-se a buscar a reestruturação da carreira do Banco Central, destacando a importância de valorizar equitativamente os servidores do BC, Tesouro e Receita, que atualmente estão em operação-padrão.

Os indicados abordaram temas como a inflação, políticas monetárias e fiscais, destacando a importância de manter a estabilidade econômica e enfrentar desafios sociais. Agora, as indicações serão submetidas à votação no plenário do Senado.

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