Condenação de ambulante por Alexandre de Moraes gera revolta: homem estava apenas vendendo mercadorias no QG de Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, votou pela condenação de Ademir da Silva, um ambulante de 54 anos, pelo envolvimento nos eventos de 8 de janeiro. Segundo a defesa de Silva, ele não é bolsonarista e estava no Quartel-General do Exército em Brasília apenas para vender suas mercadorias.
Apesar disso, Moraes determinou um ano de reclusão, além de outras penas, como pagamento de multa e prestação de serviços comunitários. A decisão levantou questionamentos, já que Silva chegou à cidade na noite anterior e, de acordo com sua advogada, ficou preso no local pela polícia ao tentar sair. Ele foi preso junto com os manifestantes na manhã seguinte, mesmo sem participar das ações violentas.
A condenação inclui, além da reclusão, a obrigação de participar de um curso sobre “Democracia e Estado de Direito”, a proibição de uso de redes sociais e uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos, a ser paga solidariamente com os demais condenados. A defesa de Silva continua afirmando que ele apenas estava em Brasília para trabalhar, vendendo itens adquiridos no Paraguai.
A decisão tem gerado indignação entre os que veem a punição como excessiva, considerando que Silva não teria qualquer envolvimento direto nos atos que resultaram na depredação da Praça dos Três Poderes.