Condenação de Catarinense pelos Atos de 8 de Janeiro: 17 Anos de Prisão

“Fátima de Tubarão” é uma das que receberam penas mais altas pelos crimes de invasão em Brasília, completando dois anos dos eventos que marcaram o país.

A catarinense Maria de Fátima Mendonça Jacinto, conhecida como “Fátima de Tubarão”, recebeu uma das maiores penas pelos crimes cometidos durante os atos de 8 de janeiro de 2023. A aposentada foi condenada a 17 anos de prisão por cinco crimes e iniciou o cumprimento da sentença em novembro, em regime fechado. Em gravações feitas na época, ela se mostrou incitada, afirmando estar “quebrando tudo” e que iria “pegar o Xandão”.

Ao todo, 371 pessoas foram condenadas pelos atos de vandalismo e invasões nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. Desses, 225 enfrentam acusações mais sérias, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, com penas variando entre 11 anos e seis meses a 17 anos de reclusão.

Fátima de Tubarão ocupa uma posição de destaque entre os condenados de maior gravidade, ao lado de Antônio Cláudio Alves, filmado destruindo um relógio histórico, e Ana Priscila Silva, apontada como uma das líderes do movimento. A catarinense começou a cumprir sua pena em novembro de 2024, mas estava presa desde janeiro de 2023, durante o processo, que tramitou em segredo de Justiça.

A mulher, natural de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, ficou famosa por suas aparições em vídeos que ganharam ampla repercussão nas redes sociais, nos quais incitava ações violentas contra as autoridades. Fátima foi responsabilizada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Em agosto de 2024, ela foi condenada após julgamento. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou que Fátima passasse por exames médicos antes de iniciar o cumprimento de sua pena, com o tempo de prisão provisória já sendo descontado do total da condenação.