Congresso não quer aprovar aumento de imposto e governo cogita subir por decreto
Aqui estamos nós mais uma vez, assistindo o governo fazer o que sabe de melhor: passar a conta para o povo. A economia está em frangalhos, o rombo nas contas públicas só aumenta, e a “solução” mágica encontrada pelo governo é aquela que mais fere o cidadão: aumentar impostos. E o que é pior? Quando o Congresso, mesmo que timidamente, tenta dizer “não”, o governo já acena com a ideia de resolver tudo com um decreto presidencial. Um decreto! Ou seja, passa por cima da vontade popular, representada pelos parlamentares, e aumenta tributos de qualquer jeito.
É revoltante ver como a contenção de gastos nunca é uma opção real. A austeridade parece ser uma palavra proibida nos corredores do Planalto. Sempre é mais fácil tirar mais da população, especialmente quando não se quer mexer nos privilégios de quem está lá em cima. Isso, claro, enquanto o povo mal consegue respirar em meio a uma carga tributária que já é uma das mais altas do mundo. Enquanto os serviços públicos continuam a se arrastar, os mesmos de sempre são chamados a “fazer sua parte” e pagar mais por menos.
O mais irônico é ver o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, jogando a culpa em “um pessoal mal-acostumado”, como se fosse um absurdo esperar que o governo, afinal, controlasse seus próprios gastos ao invés de ficar sempre colocando a mão no bolso de quem já paga por um sistema ineficiente e corrupto.
E agora, a cereja do bolo: Haddad fala com um certo desdém de quem “nunca pagou a conta”. Mas quem será que nunca pagou a conta de verdade, hein? Certamente não é o trabalhador que vê uma boa parte do seu salário ir embora em impostos, taxas e mais taxas, para financiar um Estado que só sabe gastar e entregar cada vez menos.