Conselho de Ética abre processo de cassação contra Glauber Braga
Deputado do PSOL expulsou membro do MBL aos chutes da Câmara
O processo contra o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), instaurado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, responde a uma representação do Partido Novo. A acusação alega que Braga infringiu o decoro parlamentar em 16 de abril ao expulsar da Câmara um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) aos chutes, durante uma discussão.
Durante a reunião do Conselho, Braga afirmou que o Partido Liberal (PL) teria feito um acordo com o Partido Novo para que este último entrasse com a representação, possibilitando que deputados do PL fossem escolhidos como relatores do processo. O presidente do Conselho, deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), considerou que não havia impedimento regimental para a participação dos deputados do PL no sorteio para escolha do relator.
Após o sorteio dos possíveis relatores, Braga citou supostas falas ameaçadoras e comportamentos violentos do integrante do MBL Gabriel Costenaro, envolvendo agressões físicas e ameaças a terceiros. Braga justificou sua ação alegando reação a uma suposta provocação por parte de Costenaro, que teria feito insinuações sobre a mãe do deputado, que está doente.
O incidente que resultou no pedido de cassação do mandato de Braga ocorreu durante uma discussão entre ele e Costenaro, em que o influenciador ligado ao MBL teria feito insinuações sobre a mãe do deputado. Posteriormente, Braga expulsou Costenaro da Câmara e o agrediu, alegando que ele provocava membros do PSOL de forma recorrente e chegou até a ameaçar uma “mãe de um militante nosso com mais de 70 anos”.
Essa situação reflete as tensões e disputas políticas presentes no cenário brasileiro, especialmente entre diferentes partidos e movimentos ideológicos. O desfecho do processo contra Glauber Braga dependerá das deliberações do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.