Contador do filho de Lula ganhou 250 vezes na loteria e admite trabalho para traficante do PCC

Contador do filho de Lula ganhou 250 vezes na loteria e admite trabalho para traficante do PCC


O contador João Muniz Leite admitiu ter trabalhado para um importante traficante ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), enquanto também prestava serviços para o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva. Muniz confessou seu envolvimento durante um depoimento à Polícia Civil de São Paulo, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada em 20 de fevereiro de 2024.

Durante o depoimento, Muniz revelou ter ganho 250 vezes na loteria, totalizando aproximadamente R$ 20 milhões em prêmios, sendo 55 dessas vezes apenas em 2021. Ele admitiu que parte desse dinheiro foi utilizado para comprar propriedades, ajudar familiares em dificuldades financeiras e liquidar uma dívida de R$ 6 milhões. Em junho de 2022, a Justiça bloqueou R$ 45 milhões em imóveis e ônibus relacionados ao contador, sob suspeita de usar recursos de atividades criminosas para apostar em loterias.

Muniz afirmou conhecer Anselmo Becheli Santa Fausta, apelidado de “Cara Preta” e líder do PCC, por outro nome, Eduardo Camargo de Oliveira. O contador alegou que, sob esse pseudônimo, o traficante solicitava sua ajuda para adquirir empresas e lavar dinheiro do narcotráfico, mas Muniz afirmou desconhecer as atividades criminosas de Becheli.

Apesar de ter prestado serviços para Lula e seu filho, o Palácio do Planalto afirmou que o ex-presidente não possui vínculos com João Muniz. Muniz, durante a Operação Lava Jato, foi ouvido como testemunha no processo do triplex do Guarujá, onde declarou ter feito a declaração de Imposto de Renda de Lula entre 2011 e 2015, enquanto trabalhava no escritório de Roberto Teixeira, compadre de Lula. Muniz atuou como contador nas empresas de Teixeira, incluindo um escritório de advocacia e duas empresas de administração de imóveis.

FONTE: Revista Oeste

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