Contas da família de Deolane foram encerradas após movimentação de R$ 7,9 milhões via Pix

Movimentações financeiras de altos valores viraram sinais de alerta no período de menos de seis meses

As movimentações financeiras suspeitas envolvendo a família Bezerra, liderada pela influenciadora Deolane. Em apenas seis meses, foram quase R$ 8 milhões voando de conta em conta, distribuídos em nada menos que 1.180 transações via Pix. Uma verdadeira dança dos números que, obviamente, chamou a atenção dos bancos, que não tiveram outra opção senão encerrar as contas da família em novembro de 2023. Afinal, como justificar tanto dinheiro passando pelas mãos de pessoas com rendas declaradas muito abaixo dos valores movimentados?

A situação é escandalosa. A mãe de Deolane, com uma renda de pouco mais de R$ 10 mil mensais, conseguiu movimentar quase meio milhão de reais em um período curtíssimo. E o que dizer do filho caçula, menor de idade, cuja conta recebeu mais de R$ 1,3 milhão em apenas seis meses, com uma renda mensal irrisória de pouco mais de R$ 2 mil? Isso não é apenas uma incongruência, é um verdadeiro tapa na cara de quem luta para sobreviver com salários mínimos.

E o circo não para por aí. Dayanne, irmã de Deolane, tentou sacar, sem a menor cerimônia, R$ 2 milhões em espécie para comprar um imóvel. Dois milhões! Um valor que faria qualquer cidadão comum ser investigado até por transações de centavos a mais, mas para ela, parece que deveria ser algo corriqueiro. O banco, claro, travou o saque e, a partir daí, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entrou em cena.

Essas movimentações, que incluem um espantoso volume de transações via Pix, são nada menos do que um espetáculo grotesco de desrespeito às leis e à moralidade. Como pode uma família que, supostamente, vive de rendas declaradas tão baixas, movimentar milhões sem levantar suspeitas antes? E o que mais irrita é que, enquanto essas cifras estratosféricas circulam, milhares de brasileiros mal conseguem arcar com suas contas do mês.

Não há como olhar para isso sem revolta. A discrepância entre a realidade de uma elite que manipula o sistema e a dura vida da maioria é gritante. E, enquanto a investigação segue, a sensação é de que estamos assistindo a mais um capítulo de uma novela suja, onde sempre sobram os mesmos prejudicados: o povo comum, que paga o preço de tanta corrupção e lavagem de dinheiro.

FONTE: metrópoles