Coreia do Norte envia mais 600 balões de lixo pela fronteira, diz Coreia do Sul
Durante a noite de domingo (2), a Coreia do Norte enviou aproximadamente 600 balões carregados com lixo para a Coreia do Sul, de acordo com declarações feitas por Seul. Essa ação é a mais recente tentativa de Pyongyang de provocar seu vizinho.
Os balões, contendo detritos como pontas de cigarro, tecidos, resíduos de papel e plástico, foram encontrados em diversos locais da capital sul-coreana, informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul. As autoridades militares estão monitorando as áreas de origem dos balões e realizando reconhecimento aéreo para localizar e recolher os balões, que transportam grandes sacos de lixo suspensos.
Na quarta-feira anterior, a Coreia do Norte já havia enviado centenas de balões carregados com lixo e excrementos através da fronteira fortemente fortificada, chamando-os de “presentes de sinceridade”. Seul reagiu com indignação, classificando a ação como perigosa.
O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Shin Won-sik, discutiu o incidente com o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, durante o diálogo de segurança de Shangri-La, em Singapura. Segundo os militares sul-coreanos, os balões violaram o acordo de armistício.
Resposta Coordenada
Os dois ministros reafirmaram a necessidade de uma resposta coordenada a qualquer ameaça ou provocação norte-coreana, baseando-se na postura de defesa combinada da aliança Coreia do Sul-EUA.
Alertas de emergência foram emitidos nas províncias de North Gyeongsang e Gangwon, e em algumas partes de Seul, no domingo, aconselhando as pessoas a evitar contato com os balões e a informar a polícia.
Discussões e Medidas
O comitê permanente do Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul se reuniu na tarde de domingo para discutir a possível retomada do uso de alto-falantes na fronteira com a Coreia do Norte como resposta aos balões de lixo, conforme relatado pela agência de notícias Yonhap, citando o gabinete presidencial.
A Coreia do Sul cessou a propaganda através da fronteira em 2018, após uma cúpula rara com o líder norte-coreano Kim Jong Un.